sexta-feira, 2 de agosto de 2013

“Eu fui uma encrenqueira também”, diz Natasha Lyonne, de ‘Orange is The New Black’


Natasha Lyonne é conhecida por participações pequenas em blockbusters, em filmes independentes, seriados, American Pie e Weeds estão entre os mais conhecidos da lista, e por já ter quebrado um apartamento emprestado em Nova York e aparecer em mug shots – aquelas famosas fotos de ficha policial nos EUA, que já flagraram nove em cada dez celebridades-problema. Agora, ela está no elenco fixo e bem ativa em Orange is The New Black, nova série do Netflix que se tornou uma das mais comentadas (pelo menos a julgar pelas redes sociais) desta temporada.
A série conta a história de Piper Chapman (Taylor Schilling), menina de classe média alta que é condenada a 18 meses de prisão por transportar dinheiro de drogas, influenciada por uma ex-namorada. Por lá, Chapman precisa lidar com as outras detentas mais barra-pesada e entender as regras de convivência no lugar. No papel de Nicky Nichols, ex-junkie e lésbica, Natasha ajuda a amenizar a rotina da protagonista.

Natasha diz que  personagem lhe caiu como uma luva. “Eu sei que já aprontei muito. Tenho certa experiência nesse aspecto”, diverte-se. Ela conversou com o blog por telefone.
Como foi seu primeiro contato com o roteiro?
Eu estava gravando a última temporada de Weeds, quando vi o roteiro no meu trailer. Eu adorei e queria muito que os produtores me vissem como a menina-problema. Em Weeds, eu era uma personagem que usava calça de oncinha, maquiagem pesada, peitos falsos e era muito bronzeada. Então, apelei para a minha parte de ex-encrenqueira e consegui.

E como foi sair de uma personagem toda montada para uma que só tem aquele figurino?
Até que foi fácil. Fiquei longe do sol e não penteei mais o meu cabelo.

Como você se preparou para interpretar a Nicky?
Eu não conheci muitas prisioneiras, mas eu já estive perto do sistema carcerário, sabe? Não fui presa, mas fui detida. Já aprontei muito no passado (risos). Fiz muita coisa errada. Não era uma pessoa fácil. Então, eu usei bastante da minha experiência para a série.

O que você pensou quando falaram que era uma série para a internet?
Eu fiquei animada porque a gente sabe que o futuro é esse. Todo mundo está conectado na internet. E fazer parte de algo pioneiro é incrível. Este é só o começo, é bom estar na vanguarda com um papel fixo e importante para o enredo da série. Eu me sinto como um capitão em um navio.

Existe diferença para um ator entre fazer um produto para o cinema, televisão e para a internet?
Para um ator eu acho que não. Mas eu conversei muito com amigos meus escritores e eles disseram que muda bastante sim para eles. No cinema ou na televisão, você é obrigado a fazer o produto virar mainstream, existe a pressão do estúdio e por isso, alterações no roteiro. Na internet, não. Não existia essa pretensão. Então, o roteiro pode ser fiel à história. É mais livre e autoral. Acredito que o sucesso tenha vindo daí. O público queria algo verdadeiro. Os expectadores são mais inteligentes do que a indústria julga.

Qual sua série favorita?
Cara, faz pouco tempo eu peguei Breaking Bad (também disponível no Netflix e exibida no Brasil pela AXN) para assistir. Nunca tinha visto. Uma noite, eu e meu namorado começamos a ver. Não conseguimos parar. Foi quase um fim de semana inteiro na cama assistindo. É realmente muito boa. Merece todos os prêmios.

Fonte: Veja SP


Nenhum comentário:

Postar um comentário